A Teologia e a Formação do Caráter Cristão
- Oton Filip
- 15 de jun.
- 2 min de leitura
Ao refletirmos sobre a importância da teologia na formação de um obreiro aprovado, é necessário reconhecer que a teologia pode, sim, gerar maturidade espiritual e colaborar significativamente para o desenvolvimento do caráter cristão. No entanto, ela não é suficiente, por si só, para formar um caráter aprovado por Deus.
Gosto muito de uma frase do Dr. Myles Munroe que diz:
“O caráter é formado na pressão da vida.”
Quando ele afirma isso, refere-se às experiências, provações e frustrações que enfrentamos ao longo da caminhada cristã. São essas pressões, somadas à atuação do Espírito Santo e ao poder da Palavra de Deus, que forjam o nosso caráter.
A teologia tem o seu lugar, pois fornece o conhecimento bíblico necessário e promove a maturidade espiritual, tornando o obreiro mais consciente da verdade e dos princípios de Deus. Mas é essencial compreender que tanto o conhecimento quanto a experiência prática são necessários para a formação de um caráter cristão sólido.
Esses dois elementos devem caminhar juntos, e não separados.
O obreiro precisa buscar o conhecimento teológico com zelo, mas também precisa ser provado nas experiências do dia a dia da fé — nas lutas, nas decisões, nas responsabilidades e nas adversidades do ministério. É ali, na prática, que o caráter se revela e é lapidado.
Concluo afirmando que é um erro pensar que, no processo de formação do caráter cristão, se pode menosprezar a experiência ou o conhecimento. Ambos são ferramentas úteis ao Espírito Santo, que as usa para moldar um caráter aprovado diante de Deus. Como diz a Escritura:
“Assim falai, e assim procedei.”
(Tiago 2:12)
Ou seja, é necessário que a experiência esteja em coerência com o conhecimento. A teologia é, sem dúvida, uma aliada preciosa — mas o caráter do obreiro é forjado no dia a dia da obra de Deus, com os pés no chão e o coração no céu.
Autor: Oton Filip
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